A briga entre o presidente do PSDB, deputado federal Major Rocha, e o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB), que vem se arrastando há dias com trocas de acusações, chegou ontem ao seu clímax. Rocha anunciou à coluna que está tirando Bittar da direção do Instituto Teotônio Vilela, que tem parte ativa na elaboração de atos do partido, por “não merecer mais a minha confiança”. “Farei isso o mais breve possível, nomear ou exonerar o dirigente do ITV é prerrogativa minha”. Destacou ainda que o PSDB terá de escolher se fica com ele ou com Márcio Bittar. “O PSDSB nacional que decida”, avisa. O motivo da decisão de tomar o único espaço que Bittar tem no PSDB foi explicado como resposta a uma ação que considera como traição. “Ele foi na direção nacional do PSDB dizer que eu tinha me aliado com o PT, no Acre. Lhe desmascarei. Não tem mais conversa. Por isso não há mais espaço para ele, enquanto eu estiver na presidência”, pontuou Rocha.
Falta uma liderança do porte de um Nabor JuniorA eleição municipal mais uma vez mostrará uma oposição desconectada. A tese defendida pelo senador Sérgio Petecão (PSD) de uma candidatura única para prefeito de Rio Branco esbarrou na aliança PR-PSDB. Ninguém entendeu a aliança, nem de forma pragmática e nem no contexto eleitoral. O presidente do PMDB, Major Rocha (PSDB), acusado de intransigência por outros partidos, que o responsabilizam por mais uma vez a oposição entrar dividida na disputa da PMRB, transfere a fatura ao PMDB de Flaviano Melo, a quem debita não fazer concessões nas candidaturas nos municípios, aonde os tucanos têm os nomes mais fortes. As trocas de acusações só estão levando a um único caminho: tornar ainda mais factível a reeleição do prefeito Marcus Alexandre (foto), mesmo estando o seu partido no seu pior momento nacional e estadual. A oposição tinha norte quando havia uma liderança séria, serena, incontestável, acima dos interesses pessoais dos dirigentes partidários, o ex-senador Nabor de Junior, respeitado por todas as correntes. Hoje, no máximo, existem lideranças partidárias, que não são seguidos além dos seus umbigos. E assim caminha a oposição de derrotas em derrotas.
Lugar erradoAs famílias acampadas na porta da Assembléia Legislativa estão no lugar errado. A solução dos seus problemas, que é falta de uma casa, só quem pode resolver é o governo. Os deputados podem no máximo cobrar. É nisso que cabe a pergunta: a que serve, enfim, a SEHAB?.
Não entenderam ainda?Os secretários das áreas de habitação e social do governo não entenderam que, aquela fotografia de favela prejudica só a imagem do próprio governo? Algo simples de se entender.
É lá com o ermício senaChegou e-mail perguntando o motivo do PT ter escolhido um “grupo de candidatos a vereador do peito” para apoiar e aparelhar, enquanto os demais ficam só na rebarba. Vocês que são do PT que se entendam. Este tipo de queixa deve ser enviado ao presidente do PT, Ermício Sena.
Apostas no meioOntem corria uma aposta no meio jornalístico quem teria mais votos, se o Raimundo Fernandes (PMDB) ou o Evandro Cordeiro (PMDB). É uma avaliação ainda cedo de fazer.
Namoro comunistaO deputado Josa da Farmácia (PTN) anda sendo sondado para se filiar ao PCdoB, com a benção do dirigente Edvaldo Magalhães (PCdoB). Josa teve a candidatura a prefeito de Cruzeiro do Sul fritada pela dupla PT-PSB.
Erro primárioO presidente do PDT, Luiz Tchê, diz que considera um erro do deputado federal Alan Rick (PRB) assumir a presidência regional, porque na eleição terá que conviver com vaidades, e não agradará a todos. Tem sentido o comentário, sua posse dividiu o PRB em grupos pró e contra.
Pegou mais corpoQuando o Luiz Tchê era deputado e presidente do PDT, o partido cresceu moderadamente. Agora, como presidente, mas fora do mandato, o PDT cresceu muito e terá nesta eleição 110 candidatos a vereador espalhados pelos municípios. A chapa de Rio Branco é muito forte.
Quer soluçãoO deputado Luiz Gonzaga (PSDB) andava irritado ontem pelos corredores do Legislativo pela não publicação do ato que registrou a rejeição à instalação da CPI da “Venda de Casas na SEHAB”. Precisa do ato para entrar com Mandado de Segurança contra esta decisão.
Reconhece a dificuldadeO deputado Jonas Lima (PT) reconhece como verdadeiro o que a coluna tem publicado que, o PT terá muita dificuldade para derrotar o prefeito de Porto Valter, Zezinho Barbary (PMDB).
Tamanho da encrencaO prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), está promovendo uma série de cortes de despesas na prefeitura para ter como pagar os servidores. Isso mostra o tamanho da encrenca que terá o novo prefeito do município quando assumir. Ser prefeito hoje é ser um masoquista.
Candidata muita ativaO que pesa a favor da candidata do PT à prefeitura de Brasiléia, Fernanda Hassem, é ser uma candidata ativa, com iniciativa, e não ficar apenas esperando que os apoios venham do céu.
Decidir logoO presidente do Senado, senador Renam Calheiros (PMDB), está correto ao procurar antecipar a votação que decidirá pelo afastamento definitivo da Dilma, que se mostra irreversível. E é até melhor para a Dilma, que virou um zumbi político como uma presidente afastada.
Puxa para baixoSérgio Monteiro é o nome do candidato a prefeito de Assis Brasil. Até ai morreu Nero. É um nome interessante, só que ao ser apoiado pelo desgastado prefeito Betinho (PR) já entra na disputa em desvantagem. A presença do Betinho no palanque é sinônimo de perca de votos.
Bandeira no lixoO PMDB contava com a bandeira dos escândalos praticados pelas principais lideranças do PT para atacar o prefeito Marcus Alexandre (PT). Só que veio o envolvimento também das lideranças nacionais mais expressivas do PMDB e a bandeira foi jogada no lixo. Foi anulada.
A voz da experiênciaO deputado Chagas Romão (PSDB), o decano da Assembléia Legislativa, deixa a paixão partidária de lado quando analisa um fato político. Na sua visão, a oposição com três candidaturas a prefeito de Xapuri, favorece muito a campanha do petista Bira Vasconcelos.
Análise sem paixãoQualquer análise sem paixão leva ao raciocínio que, ao se dividir a oposição pode estar entregando de bandeja a prefeitura de Xapuri mais uma vez para o Bira Vasconcelos (PT).
Burrice congênitaA opção mais inteligente seria a oposição se juntar à candidatura do Ailson Mendonça (DEM), que é a mais promissora, mas ao que tudo aponta a desunião não é privilégio de Rio Branco.
Disputa de duas vagasA tendência das coligações do PMDB a vereador da Capital é ficar com duas ou três vagas. Mesmo com os votos de legenda. Disputam com chance Raimundo Fernandes (PMDB), Lene Petecão (PSD), N. Lima (DEM), Roberto Duarte (PMDB), Rodiney Dourado (PMDB), Beto Calixto (PMDB)e os vereadores Fabiano (PP) e Rabelo Goes(PP).
Definitivamente na brigaO candidato a prefeito de Senador Guiomard, Jorge Catalan (PP), começou na rabada. À medida que a campanha avançou a sua candidatura se consolidou e hoje está na ponta da disputa. O apoio de um prefeito que se mexe bem na política, como James Gomes, pesa.
Uma decisão sensataA vereadora Rose Costa (PT) tomou uma decisão sensata ao retirar o projeto que obrigava comerciantes a contratar bombeiros civis. Reconhecer um equívoco é uma virtude.
Mulheres de novoAumentou a lista de mulheres candidatas a vereadora. Elzinha Mendonça (PDT), Pastora Sandra (PDT), Lene Petecão (PSD), Rose Costa (PT), Graça da Baixada (PT), Pequena Manteiguinha (PMDB), Socorro Lima (PT), Lula Melo (PV), Maura (PV), Viviane Maia (PMDB), Jéssica Monteiro (PMDB), Lourdes (PMDB), Tarcila (PMDB), Alice Conceição (PT), Lidiane Cabral (PT), Leoneide Oliveira (PT), Suelen (PHS), Roselane (PRP) e Gabriela Câmara (PTC).
Fora da campanhaO ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) vai se dedicar apenas à campanha a vereador do seu filho João Paulo (PSDB). Defendia a aliança do PSDB com o PMDB. Foi voto vencido.
Erro amadorA briga entre o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) trouxe um prejuízo imensurável para o PSDB, porque são duas lideranças expressivas que se equivalem. Depois das grosserias trocadas não há mais como ambos ficarem no PSDB.
Candidato do gabineteIeve Terranova (PT) é o candidato a vereador fechado do gabinete governamental.
Duas situaçõesNesta campanha existem duas situações claras onde o PMDB pode ser um fator decisivo para a vitória de um candidato a prefeito pelo PT. Em Feijó com a candidatura a prefeito do Pelé Campos (PMDB) e; em Taraucá, com o vereador Mirabor Leite (PMDB) de vice da Teka Torquato (PR).
Tira do túmuloEm Feijó, a candidatura a prefeito do Pelé Campos (PMDB), enfraquece a candidatura do Kiefe (PP) e tira do túmulo o prefeito Merla Albuquerque (PT) e o coloca no jogo. Em Tarauacá, Mirabor Leite (PMDB) que acabou numa vice do PR, pode ser o fator da derrota da ex-prefeita Marilete Vitorino (PSD) e da vitória do prefeito Rodrigo Damasceno (PT).
Nomes na mesaOs nomes para prefeito já estão sacramentados. A aliança que era para ser feita já foi. A maior coligação é a do PT com 15 partidos apoiando a reeleição do prefeito Marcus Alexandre (PT), 6 partidos na aliança da deputada Eliane Sinhasique (PMDB), e 7 partidos na coligação que apóia a candidatura do vereador Raimundo Vaz (PR). Carlos Gomes (REDE) vai de chapa puro sangue. É bom que não se tenha só dois candidatos brigando para ocupar a prefeitura de Rio Branco. É bom que se tenha várias opções para não ficar no dualismo de PT contra o PMDB. É bom lembrar que ninguém é dono dos votos, já vi muitos medalhões favoritos serem derrotados. As cartas estão na mesa, façam seus jogos, senhores eleitores.
Luis Carlos Moreira Jorge