A cidade de Tarauacá, a terceira maior do Acre, com 111 anos de história, vive um descaso por parte do Governo do Acre devido a falta de um Instituto Médico Legal (IML). A falta dessa estrutura essencial faz com que corpos de Tarauacá, Feijó e Jordão, municípios da regional Tarauacá/Envira, sejam enviados para Cruzeiro do Sul, a 400 quilômetros de distância. O sofrimento das famílias, agravado pela demora na liberação dos corpos e pela espera por laudos periciais, expõe o descaso do governo de Gladson Cameli.
Mesmo após a intervenção do Ministério Público do Acre (MPAC), que acionou a Justiça para obrigar a instalação de um IML na cidade, nenhuma providência foi tomada.
A transferência de corpos para Cruzeiro do Sul provoca uma espera angustiante. “Minha mãe faleceu e tivemos que esperar quase dois dias para o enterro. É uma dor que se prolonga e que ninguém deveria enfrentar,” disse um morador de Tarauacá. A situação se repete em outras cidades da região, onde o transporte dos corpos e a falta de estrutura agravam a dor das famílias.
A ausência do IML não apenas compromete a dignidade das famílias, mas também afeta o funcionamento da justiça. Casos de mortes violentas ou suspeitas têm suas investigações atrasadas, e o sistema de saúde pública enfrenta dificuldades para lidar com a situação. O impacto é sentido em todas as esferas, mas a resposta do governo tem sido a inércia.
A omissão do governo Gladson Cameli é alvo de críticas contundentes. Promessas foram feitas, mas nenhuma ação efetiva foi implementada. A população de Tarauacá se sente esquecida, à mercê de um sistema que não responde às suas necessidades. “Já se passaram 111 anos e continuamos sem o básico. O governo estadual precisa assumir sua responsabilidade e respeitar a população,” desabafou um líder comunitário em anônimato ao jornal Extra do Acre.
4 de novembro de 2024 Geral
Nenhum comentário:
Postar um comentário