Foto: Sérgio Vale
O edital do maior concurso da Educação, que oferece mais de 3 mil vagas para professores e pessoal de apoio, mais uma vez pautou o debate da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira, 30. O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a levantar preocupações sobre o concurso, criticando especialmente a inclusão da exigência de videoaula como critério de avaliação. Segundo ele, a banca responsável pelo concurso tem falhado em garantir transparência e isonomia, expondo dados dos candidatos e utilizando uma metodologia que ele considera obscura e pouco confiável.
“Essa banca ‘especializada’, ao invés de contratar professores e realizar uma análise presencial, inventa um critério de videoaula que é ‘flagrantemente ilegal’ e coloca em risco a lisura do concurso”, afirmou o deputado, acrescentando que o formato não garante uma análise justa dos candidatos e abre espaço para questionamentos.
Magalhães criticou ainda a ausência de critérios técnicos claramente definidos para a avaliação da videoaula, o que, segundo ele, gera uma “subjetividade” que preocupa os concorrentes. “Eles vão apenas divulgar a nota. O critério não é técnico, porque não está especificado. A impessoalidade quebra. É obscuro esse critério”, disse o parlamentar, questionando também a competência da banca, já que o edital foi alterado quatro vezes desde o lançamento. “Que banca é essa? Estão brincando com o sentimento das pessoas? Que subjetividade é essa? ”, desabafou.
O deputado Gilberto Lira (UB), que preside a Comissão de Educação da Aleac, defende mudanças no edital e convocou uma reunião para que essa indicação seja oficializada até a Secretaria de Educação. “Acho que essa situação deve ser reavaliada. Um concurso que oferece 3 mil vaga era pra todo mundo estar feliz. A gente tem que se posicionar. A Comissão vai se posicionar e eu acho que vai ter equidade. Nós vamos nos posicionar para que o governo possa fazer essa mudança. Queremos equidade e que todos tenha a mesma oportunidade”, defende o parlamentar, que é da base do governo.
A medida também foi defendida pelo vice-líder do governo, deputado Eduardo Ribeiro (PSB), de que é necessário chegar a um consenso para garantia da equidade. “A gente quer equidade e transparência nesse concurso. Queremos escutar os argumentos por parte da educação e se for necessário que uma nova mudança seja feita”, pontuou.
Por sinteactk
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