Foto: Jardy Lopes/Ac24horas
Moradores de Tarauacá, no interior do Acre, receberam com ceticismo a informação de que o município sofreu o maior terremoto da história do Brasil. O motivo: a maioria dos populares não sentiu qualquer tremor de terra.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, às 16:31h de sábado, 20, no horário local, a região entre Tarauacá, no Acre, e Ipixuna, no Amazonas, foi alvo de um abalo sísmico de 6,6 graus na Escala Richter – o maior da história do país. A informação também foi captada pelo Centro de Redes de Terremotos da China.
Ildivan Coelho, morador do bairro Corcovado, em Tarauacá, disse que não sentiu o terremoto. “inclusive só fiquei sabendo desse terremoto hoje, domingo (22), quando vi no noticiário. Eu não senti, minha família não sentiu e nem ouvi alguém dizendo que sentiu”, disse.
O jornalista Gilson Amorim, que publica notícias sobre a região, disse que notou o tremor, mas vendo que ninguém se manifestara sobre o assuntou, não insistiu. “Estava sentado e senti a casa balançando, minha esposa estava em pé e não sentiu nada. Fui em um grupo de amigos, perguntei e ninguém disse ter sentido, então fiquei na minha”, conta Almeida.
“A região amazônica próxima à Cordilheira dos Andes registra tremores dessa magnitude (6,6), com profundidades que variam de 300 a 600 km. Esses terremotos acontecem porque a região concentra duas placas tectônicas. O abalo acontece quando a placa de Nazca, que é mais pesada, mergulha sob a placa sul-americana”, explicou ao G1 o professor de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) e integrante da Rede Sismográfica Brasileira, George Sand. Apesar da grande intensidade do abalo, a profundidade em que ocorreu o evento favorece a dissipação da energia antes de chegar à superfície, e por isso não deve ter sido notado pela população.
Tarauacá agora tem o primeiro e segundo lugar dos terremotos mais fortes da história do Brasil, já que no dia 7 de junho de 2021, o Instituto de Pesquisas geológicas dos EUA – USGS registrou o tremor de 6,5 na escala Richter, também no município da regional do Juruá. Desde 1979, foram registrados 157 tremores em um raio de 700 km ao redor do epicentro onde ocorreu o deslocamento de placas deste sábado, 20.
Por ac24horas.com
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