quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Inflação no Brasil termina 2023 em 4,62% e fica abaixo do teto da meta

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede inflação oficial do país, acelerou em dezembro, para 0,56%, acima do esperado

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,56% em dezembro do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de dezembro mostra que a inflação acelerou forte em relação a novembro, quando foi de 0,28%.

No acumulado de 2023, segundo o IBGE, a inflação oficial do país foi de 4,62%. Até novembro, o índice acumulado de 12 meses havia ficado em 4,68%.

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O resultado veio acima das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,48% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,54%. Divulgado há duas semanas, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,4% em dezembro.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para o ano passado era de 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta seria cumprida se ficasse entre 1,75% e 4,75%. A inflação brasileira de 2023, portanto, terminou o ano abaixo do teto da meta.

Em 2022, o IPCA ficou acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo, terminando o ano em 5,79%. Em 2021, a inflação brasileira ultrapassou os dois dígitos, ficando em 10,06%.

De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada no início da semana, o mercado projeta que a inflação termine 2024 em 3,9%. Em 2025, o IPCA ficaria em 3,5%.

A meta de inflação para 2024 e 2025 é de 3%.Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.

Alimentação e bebidas puxam índice em dezembro

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo de alimentação e bebidas, que acelerou em relação a novembro (0,63%). A segunda maior contribuição veio do segmento de transportes, com alta de 0,48%.

No último mês de 2023, a alimentação em domicílio teve alta de 1,34%, influenciada pelos aumentos de batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%).
Energia elétrica e passagens aéreas sobem

No grupo habitação, que avançou 0,34%, o preço da energia elétrica residencial subiu 0,54% em dezembro.

No grupo de transportes, o resultado foi influenciado por mais um aumento nos preços das passagens aéreas (8,87%), subitem com a maior contribuição individual sobre o índice do mês (0,08 ponto percentual).

Todos os combustíveis pesquisados pelo IBGE registraram queda de preços: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:
Alimentação e bebidas: 1,11%
Artigos de residência: 0,76%
Vestuário: 0,7%
Despesas pessoais: 0,48%
Transportes: 0,48%
Saúde e cuidados pessoais: 0,35%
Habitação: 0,34%
Educação: 0,24%
Comunicação: 0,04%

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images.


Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Por https://www.metropoles.com/

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