Comentarista voltou a ser corrigido por colega de bancada, desta vez ao tentar distorcer notícia sobre o presidente argentino
Demétrio Magnoli e Mauro Paulino na GloboNews.Créditos: Reprodução
O jornalista Demétrio Magnoli, comentarista da GloboNews, levou mais um pito de um de seus colegas de bancada no programa "Em Pauta", nesta sexta-feira (15).
Poucos dias após ser corrigido por Eliane Cantanhêde e de bater boca com Gerson Camarotti, o comentarista, desta vez, levou invertida de Mauro Paulino após mentir para defender o presidente da Argentina, Javier Milei.
Segundo Magnoli, "não é verdade" que Milei proibiu manifestações contra seu governo e que o mandatário argentino prometeu repressão aos protestos.
"Não é verdade que Milei proibiu manifestações de protesto. Isso não aconteceu. Todo mundo pode se manifestar nas praças, nas calçadas, nas ruas etc. O que foi proibido foram os piquetes, que na Argentina são um tipo de manifestação que visa barrar as cidades (...) Nas democracias do mundo desenvolvido, não se pode fazer piquetes", disparou o jornalista.
Em sua vez de falar, então, Mauro Paulino cobrou de Magnoli "compromisso com a verdade".
"É que no meio da discussão o Demétrio falou que está aqui como sociólogo e não como jornalista. Eu também sou sociólogo mas eu estou num programa jornalístico, numa emissora jornalística e preciso ter compromisso sempre com a verdade jornalística. Eu só queria fazer essa observação".
Na sequência, Guga Chacra também rebateu Demétrio Magnoli.
"O que ele proibiu é que se manifestem nas ruas, que fechem ruas e avenidas. E pode-se fechar ruas e avenidas em manifestação. O Demétrio falou em queimar pneu, isso realmente não pode. Mas, em qualquer democracia avançada, você pode, sim, fechar as ruas".
Assista aqui
??BEM FEITO: Após o comentarista Demétrio Magnoli, da @GloboNews, defender a medida de @JMilei de proibir manifestações pacíficas contra o seu Governo, o querido @MauroPaulino deu uma bela resposta a ele. Segundo @MauroPaulino, sociólogos em canais jornalísticos precisam ter… pic.twitter.com/BGyeuM8joG — PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES (@pesquisas_elige) December 16, 2023
"AI-5" do Milei
O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, fez uma série de ameaças contra os movimentos sindicais que irão às ruas na semana que vem protestar contra os cortes de subsídios sociais anunciados pela nova gestão federal.
Em comunicado, Milei afirmou que "sanções severas" serão aplicadas a quem "bloquear ruas e impedir a livre circulação" nas ruas da Argentina.
De acordo com Milei, as sanções incluem "quem bloqueia, quem transporta, quem organiza e quem financia". Nas redes sociais, o novo pacote de segurança público está sendo chamado de “AI-5 do Milei”, em referência ao Ato Institucional nº 5 que cassou a liberdade de expressão e fechou o Congresso Nacional durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-85).
Desde as eleições, Javier Milei faz ameaças contra os chamados "piqueteiros", que agregam uma série de organizações sindicais que têm como método principal o fechamento de vias.
A manifestação da semana que vem foi convocada pelo Polo Obrero, composto por trabalhadores desempregados e de baixa renda. As principais centrais sindicais do país já anunciaram adesão aos protestos.
Por meio das redes sociais, o Polo Obrero afirmou que "o Estado não pode retirar a assistência social de ninguém. O direito ao protesto está garantido na Constituição Federal. Vamos defender nossas reivindicações nas ruas", declarou o grupo.
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, irá anunciar nesta quinta-feira (14) aquilo que está sendo chamado de "novo protocolo de ordem pública". Candidata derrotada nas eleições presidenciais da Argentina, Bullrich defende uma política linha-dura contra os "piqueteiros". O anúncio está marcado para as 16h45 desta quinta.
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