sábado, 11 de outubro de 2014

Mazinho Santiago, vice de Vagner Sales, muda de lado

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Uma notícia surpreendente no começo do segundo turno. O vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, Mazinho Santiago (PMDB), resolveu apoiar a reeleição de Tião Viana (PT). Ele foi candidato a deputado estadual nessas eleições e teve 1.175 votos. Talvez esteja aí o motivo principal da decisão do já por três vezes vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, sendo uma vez de César Messias (PSB) e duas de Vagner Sales (PMDB). Sem falar que em 2004 foi candidato a vice também de Henrique Afonso (PV) que perdeu a eleição para Zila Bezerra (PTB).

Ainda que não queira falar em mágoas, o fato de Vagner ter apoiado fortemente a candidatura a estadual do jovem advogado Jonathan Donadoni (PMDB), que também não se elegeu, pesou na decisão. Mazinho disse o seguinte: “Já que não sirvo para nada, não quiseram me apoiar e não precisam de mim vou para o outro lado porque estão dando o meu valor,” afirmou.
A história se repete?
Cruzeiro do Sul que já assistiu a vices em conflito com os titulares nas administrações de Aluísio Bezerra e Zila Bezerra poderia ver a história se repetir. Mas aparentemente pelas declarações de Mazinho e de Vagner a tendência é passado os segundo turno as coisas se acalmarem.

“Pretendo continuar trabalhando do mesmo jeito pela população de Cruzeiro do Sul. Prezo pela sociedade e pelo povo. Mesmo porque a minha decisão política do momento tem como base o fato do PMDB e o PT a nível nacional serem aliados. Mas admito que deverei trocar de partido no futuro e o que vejo mais simpático desde muito tempo é o PSB,” ressaltou Mazinho.
Vagner Sales também não acredita em futuros conflitos. “Não vai acontecer nada. Mesmo porque vou continuar a ser o prefeito. E a formação do Mazinho é muito diferente dos outros vices que tiveram conflito com os titulares,” argumentou.
A reação de Vagner
O prefeito Vagner Sales considerou a decisão do seu vice uma coisa de momento. Mas ironizou: “ O Mazinho é uma pessoa que marchou comigo para ser vice na nossa primeira eleição. Na reeleição a maioria dos partidos aliados queriam tirá-lo. Eu cheguei a ter uma desavença com o Gladson Cameli (PP) por manter o Mazinho. Depois resolveu ser candidato a deputado federal e mudou para estadual. Se ele tem que cobrar alguma coisa é dele mesmo. Eu não elejo ninguém. Se depois de ser vereador e três vezes vice não conseguiu uma base de aliados é porque não soube aproveitar os seus mandatos,” disparou Vagner.

Vagner considera que politicamente Mazinho sempre foi dependente de outros políticos. “Ele foi suplente de vereador do Luiz Gonzaga (PSDB) e assumiu no seu lugar. Depois se elegeu nas minhas chapas. Mas lamento que nesse momento o Mazinho tenha tomado a decisão errada. Essa coisa de ficar mudando de lado e de partido deixa o político desacreditado,” finalizou Sales.
Por Nelson Liano Jr.

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