Treinador principal vai aproveitar alguns meninos campeões da Copinha. Presidente almeja modelo Barcelona, com time formado por atletas da casa
Com a taça de campeão nas mãos, o técnico Paulo Henrique já pensa no jogo contra o Americano, nesta quarta-feira, pelo Carioca de juniores. Mas sabe que, em pouco tempo, perderá nomes importantes deste elenco do Flamengo que ganhou a Copa São Paulo de Futebol Júnior nesta terça-feira, vencendo o Bahia por 2 a 1, no Pacaembu. Segundo ele por uma boa causa: o técnico Vanderlei Luxemburgo, que esteve presente na partida, vai escolher meninos para levar ao profissional. O treinador da base não arriscou nomes, mas tem certeza de que o comandante principal fará boas escolhas para reforçar o elenco para o Carioca e a Copa do Brasil. Ele falou ainda sobre o relacionamento diário com Luxa.
- Nosso contato não é tão intenso, treinamos no mesmo horário e sempre que dá conversamos. Mas pessoas ligadas ao Vanderlei fazem essa conexão. Existe esse contato da base com o profissional. No ano passado o Negueba jogou os últimos três jogos do Brasileiro. Ele, o Digão, o Adryan e o Muralha estiveram em Londrina com o profissional este ano. O Vanderlei observa e dá chance. Ele estava aqui no estádio, deve fazer uma reunião, a princípio alguns atletas vão treinar com os profissionais e ele é que vai decidir os nomes. Logo logo toda esta geração estará no time profissional do Fla. Nosso objetivo é resgatar o slogan "craque o Flamengo faz em casa" - ressaltou o técnico da base.
A presidente Patrícia Amorim reforçou as palavras de Paulo Henrique e explicou que o treinador do time principal já sabia que teria a missão de promover a estreia dos meninos ao longo do trabalho. A mandatária também explicou que almeja um modelo europeu de divisões de base, abastecendo a equipe profissional com uma maioria de atletas feitos em casa.
- Desde a chegada do Vanderlei foi combinado que ele aproveitaria a base por toda a tradição que o Flamengo tem e esqueceu nos últimos anos. Não abrimos mão disso. Essa é uma geração que tem um contingente grande de juvenis, e isso dá uma segurança em relação ao futuro. Com certeza serão aproveitados. O sonho é o modelo Barcelona. com jogadores campeões mundiais em um time formado por seis, oito jogadores de casa. Falta muito ainda para isso, precisamos ter os pés no chão, mas tudo começa com sonhar, acreditar e depois realizar - acrescentou Patrícia Amorim.
A presidente aproveitou também para falar sobre o quanto sofreu nos minutos finais da partida, quando o Bahia teve grandes chances e o goleiro César fez defesas incríveis. Ela comemorou ainda o fato de ver o Pacaembu repleto de rubro-negros na capital paulista.
- Parecia que eu estava no Maracanã, nos sentimos todos em casa. No vestiário, após o título, falei para os meninos: gostaram da sensação de vencer? Então guardem e busquem sempre por isso. O jogo foi difícil e o final muito duro, o placar poderia virar a qualquer momento. Foi angustiante, mas os jogadores foram guerreiros e mesmo ansiosos conseguiram se comportar e vencer a partida - resumiu a presidente.
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